29 maio 2009

Centro de Salud

Apareceram-me aqui uns altos na pele, um em cada um dos braços, e pelo seguro decidi ir ao médico. Nunca tinho ido, mas já sabia que as coisas aqui até funcionam bem.

A Ana deixou-me no Centro de Saúde que está perto e lá fui.
- O senhor trabalha aqui?
- Não. Estou a estudar.
- Então não tem direito ao serviço de saúde público. Se não paga Segurança Social aqui não serve... A solução é ir ao privado.

Meto a guitarra no saco e lá venho eu, com mais uma série de impropérios dedicados ao sistema espanhol e à dura vida de emigrante.
Telefono em lamúrio e diz-me para ir ao outro centro de saúde que também está perto de casa (e que mais tarde descobri que é o da nossa área de residência). Caminhada em Madrid pela manhã, a inalar os tubos de escape da Gran Via.

Centro de Saúde 2. Conto a minha história:
- Tem cartão europeu de saúde?
- Tenho sim. Está aqui.
- Só um segundo... Aqui está a consulta marcada. Pode ir para o consultório 15 que a médica já lhe chama.

Como o papel de uma única pessoa pode mudar todas as perspectivas sobre um país. Passei a adorar Espanha e o seu sistema de saúde, a boa-vontade que têm com os emigrantes e o facto de tudo ser tão eficiente que a médica me atendeu em menos de 15 minutos, preencheu tudo em computador e deu-me uma ficha no final.

Afinal era só um quisto sebáceo que não tem problema.

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