
Isto vem a propósito do post de hoje porque foi numa revista que li uma menção à Condessa Elizabeth Bathory (Erzsbete Bathory em húngaro) e à sua história. Todos conhecemos a história de Drácula, mas a nobreza húngara tem mais preciosidades para nos deleitar. Elizabeth, ficou conhecida como a "Condessa Sangrenta" porque ficou provado que utilizava comportamentos sádicos com os seus criados, com gente do campo que "recebia" no seu castelo e inclusivamente com pessoas que raptava. No repertório popular ficou a memória dos seus banhos em sangue de jovens para preservar a sua própria beleza (esta lenda, que é a mais pictórica sem dúvida, é questionada por alguns historiadores), o espetar agulhas por baixo das unhas, cobrir pessoas com mel para as deixar à mercê dos insectos e obrigar pessoas nuas a andarem sobre a neve até congelarem.
Após anos destas práticas, a Condessa foi descoberta e investigada pelas autoridades que a incriminaram finalmente quando encontraram como prova uma agenda encontrada nos seus aposentos que continha os nomes de 650 vítimas, todos registados com a sua própria letra.
Veio a acusação: os seus cúmplices foram condenados à morte, sendo a forma de execução determinada pelos seus papéis nas torturas e Elizabeth foi condenada a prisão perpétua, em solitária. Foi encarcerada num aposento do castelo de Čachtice, sem portas ou janelas. A única comunicação com o exterior era uma pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos. A condessa permaneceu aí os seus três últimos anos de vida, tendo falecido em 21 de agosto de 1614.
Agora a lenda do banho de sangue:
"Diz-se que certo dia a condessa, já sem a frescura da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Elizabeth virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas se rejuvenesciam. Após esse incidente a condessa passou a banhar-se no sangue de humanos."